quarta-feira, 30 de maio de 2012

Câmera descartável? Câmera espiã? Câmera de dedo?

As novidades não param no mundo da tecnologia. E o projeto Olho Portátil está ligado no que acontece por aí. Dá pra acreditar na ideia de uma câmera de papelão? Ou ainda em uma que transforma imagem em texto? Um câmera que define o enquadramento de acordo com os dedos de quem quer tirar uma foto?

Enquanto você acredita ou duvida, essas coisas já estão sendo desenvolvidas...
Foto: protótipo de câmera fotográfica desenvolvido por pesquisadores do instituto japonês Advanced Media Arts and Sciences
O que você achou disso? Deixe seu comentário e nos conte.


Câmera descartável
A fabricante de móveis Sueca IKEA apresentou na exposição de design Fuorisalone, em Milão, a câmera digital IKEA, gadget “descartável” feito de papelão. A máquina fotográfica foi oferecida aos espectadores como parte de um kit de distribuição do evento.

O dispositivo possui visor de imagens, é alimentado com duas pilhas AA e suporta cartão de memória com capacidade para 40 fotos de alta resolução. A câmera IKEA também tem uma porta USB na lateral para transferência de imagens.
O conceito é inspirado no movimento ecologicamento correto, no qual cada vez mais empresas têm embarcado.
Os objetivos para a fabricação de produtos como esse são chegar perto de da simplicidade, facilidade de economizar matéria prima e zelar pela sustentabilidade.
O produto ainda não está à venda, mas a empresa promete que a câmera entrará para a lista de produtos no site da IKEA.
Câmera transforma imagem em texto
Enquanto todos comentam as inovações em resolução, qualidade e aplicativos de efeitos para fotos, o inventor Matt Richardson desenvolveu uma câmera um pouco diferente do convencional. A Descriptive Camera é capaz de assimilar as informações das imagens e, após codificação, imprimir um texto que descreve o que “viu” nas fotos.
A webcam USB utilizada na máquina é integrada a uma BeagleBone, plataforma Linux responsável por organizar todos os procedimentos necessários para sua execução.
A câmera possui um botão de obturador e é ligada a uma pequena impressora com conexão Ethernet.
No momento em que uma foto é tirada, é feito o envio em formato digital para o Mechanical Turk da Amazon. Ela chega a algum colaborador que deverá analisar e criar as descrições da imagem. A tecnologia tem um custo: US$ 1,25, o equivalente a R$ 2,35, por cada solicitação.
Três LEDs coloridos informam o usuário sobre o andamento do pedido. Com a cor amarela acesa, a indicação é que ainda está em processamento, bastando aguardar que fique verde para que a impressão seja feita. Essas informações são controladas por diversos scripts em Python, que definem possíveis erros de processamento e a saída da impressora, por exemplo.
Os resultados são entregues entre 3 a 6 minutos, aproximadamente. Caso a pessoa não queira pagar o valor estipulado ao Mechanical Turk, poderá ser utilizado o modelo chamado de “cúmplice”. Nesse formato, a fotografia será enviada por mensagem para qualquer amigo, que deverá olhar a imagem e entregar o texto correspondente com o preenchimento de um formulário.
A Descriptive Camera ainda é um protótipo e não há informações sobre produção em escala para chegar ao mercado. Ela foi apresentada este ano na Universidade de Nova Iorque.
Câmera espiã – lê texto e compartilha imagens via bluetooth
Um projeto criado por estudantes do Massachussets Institute of Technology (MIT) tem tudo para fazer uma revolução no mundo da fotografia. É a Eye Ring, uma câmera digital que pode ser utilizada para “ler” palavras e imagens e enviá-las diretamente para o seu smartphone ou tablet. A câmera usa conectividade Bluetooth para fazer comunicação de dados.
A “câmera espiã” é ultraportátil e funciona como um anel. O produto, que foi apresentado ao site Engadget, está em fase de testes e ainda não há previsão de ser produzido em grande escala. No entanto, o conceito utilizado em sua produção é muito interessante e promete fazer um grande sucesso caso seja traduzido para a realidade.
Um dos possíveis usos para esta tecnologia, por exemplo, é na etapa de alfabetização de uma criança. Para os pequenos, que durante uma leitura não entederam determinada palavra, bastará direcionar o EyeRing para a palavra e compartilhar a informação com o smartphone, no qual será possível escutar a pronúncia e também procurar um significado para o termo em questão.
Além disso, sabe aquela letra de médico que pode ser impossível de ler? A EyeRing também pode ajudar neste sentido, assim como na tradução de verbetes ou outros idiomas. Sem falar na função mais simples e óbvia de todas: o compartilhamento imediato de textos ou imagens para redes sociais ou servidores.
A câmera é você
Pesquisadores do instituto japonês Advanced Media Arts and Sciences, desenvolveram o protótipo de câmera fotográfica chamado de Ubi-Camera, que utiliza as próprias mãos do fotógrafo para definir a área que será fotografada.
O “equipamento” se resume a uma pequena caixa acoplada ao polegar, que utiliza o retângulo formado pelos dedos para definir a cena a ser capturada.
Para definir o quanto uma cena deve ser ampla ou reduzida, a câmera usa um sensor infravermelho, responsável por calcular a distância entre o equipamento e o rosto do usuário.
Quanto mais perto da face do usuário, maior será a área contemplada na fotografia. Assim que a área é definida, basta que o usuário use o próprio polegar para liberar o obturador e tirar a foto.
Por se tratar de um protótipo, a nova câmera só consegue fotografar enquanto estiver  conectada a um computador.
A Ubi-Camera deve passar por melhorias. Segundo os próprios pesquisadores, durante testes, o infravermelho ainda não consegue calcular com precisão o quanto de “zoom” o usuário quer aplicar na hora de capturar a imagem.

E vocês? Conhecem mais alguma novidade desse tipo?

2 comentários:

André Salomão disse...

Imaginem só... Filmar usando os dedos pra enquadrar o que você quiser!!! Demais!

Rafael disse...

Nossa daqui a pouco vai dar pra fotografar com o proprio olho!!! Muito mass!

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